Polícia Federal prende três suspeitos por tentativa de fraudar R$ 300 milhões no BNDES

Por Redação Epoch Times Brasil
30/10/2024 13:49 Atualizado: 30/10/2024 13:49

A Polícia Federal (PF) cumpriu três mandados de prisão e dois de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (30) durante a Operação Wolfie, que ocorreu em Campinas e Hortolândia, São Paulo. 

Os três suspeitos detidos são acusados de tentar fraudar R$ 300 milhões no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O nome “Wolfie” é inspirado na forma como um dos envolvidos se referia ao lobista ligado ao caso.

Essa ação é um desdobramento da Operação Concierge, que apura fraudes bilionárias relacionadas a fintechs irregulares, com valores que podem atingir R$ 7,5 bilhões. 

A Polícia Federal identificou a tentativa de fraude ao examinar documentos coletados na fase anterior da operação, iniciada em 28 de agosto. 

Uma das fintechs investigadas solicitou financiamento ao BNDES para a compra de um banco regularizado, utilizando documentos falsificados. No entanto, a solicitação foi recusada assim que as investigações tiveram início.

Fintech é a combinação de “financial” (finanças) e “technology” (tecnologia), referindo-se a instituições que utilizam tecnologia para oferecer serviços e produtos digitais no setor financeiro, facilitando o acesso e agilizando os processos.

As equipes da PF cumpriram três mandados de prisão preventiva, incluindo um direcionado a um suspeito que já estava encarcerado e teve um novo mandado executado na penitenciária. 

Os acusados poderão responder pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documentos falsificados, associação criminosa, obtenção de financiamento fraudulento e advocacia administrativa, com penas que podem chegar a 25 anos de prisão. 

Todo o material apreendido foi levado à sede da PF em Campinas para análise.

Operação Concierge

A recente investigação da PF no âmbito da Operação Concierge, expôs práticas irregulares de fintechs localizadas em Campinas. Essas instituições financeiras realizaram transações suspeitas sem o devido aviso aos órgãos reguladores, indicando uma grave violação das normas bancárias. 

De acordo com a PF, ao não monitorar as operações de clientes individuais, os bancos envolvidos permitiram a ocorrência de atividades ilícitas.

Os indícios levantados pela operação sugerem que a organização criminosa investigada estaria envolvida na lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas e na ocultação de valores associados à UPBus, uma empresa de transporte sob suspeita de conexões com o Primeiro Comando da Capital (PCC).