Polícia Federal pedirá à Argentina a extradição dos brasileiros considerados foragidos do 8 de janeiro

Por Redação Epoch Times Brasil
07/06/2024 15:17 Atualizado: 07/06/2024 15:17

Em uma nova fase da busca por manifestantes ligados aos eventos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, a Polícia Federal (PF) planeja solicitar à Argentina a extradição de brasileiros considerados foragidos e atualmente em Buenos Aires. Os pedidos de extradição serão encaminhados ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, sob a liderança de Ricardo Lewandowski.

A PF monitora a localização de 65 pessoas que estariam no país vizinho e compartilhará essas informações com o Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por emitir as ordens de extradição. Todos são investigados no âmbito da Operação Lesa Pátria, que já deflagrou 27 fases.

Os alvos que ainda não foram localizados terão os nomes incluídos no Banco Nacional de Mandados de Prisão. Com isso, seus nomes ficarão públicos e qualquer pessoa que localizar os foragidos pode acionar a polícia para realizar a prisão.

Na quinta-feira (6), o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão de 208 indivíduos envolvidos nas manifestações de 8/1, por suposta violação das medidas cautelares. Entre eles, a idosa Iraci Meugmi Nagoshi, de 71 anos, condenada a 14 anos de prisão pelo STF, e que estava em liberdade provisória com uso de tornozeleira eletrônica. A professora aposentada está com a saúde debilitada e passou por uma cirurgia no fêmur no começo de março. “Ela teve complicações após a cirurgia e foi internada com infecção urinária e trombose”, relatou um familiar à imprensa.

Uma pastora da igreja Assembleia de Deus, de 49 anos, também foi presa na tarde de ontem. Sandra Maria Menezes Chaves foi condenada a 14 anos de prisão. Seu advogado afirmou ao jornal Gazeta do Povo que ela sequer teve chance de defesa. Quando provas de inocência são desconsideradas ou negligenciadas nos autos, fica evidenciada a perseguição política e anti-jurídica”, aponta o advogado.

A PF afirma que os investigados podem ser indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Até o momento, foram presos 49 manifestantes, de acordo com a corporação, 159 pessoas ainda não foram encontradas.