Polícia Federal conclui que advogado de Adélio Bispo tinha ligação com o PCC

Fernando Magalhães foi um dos que defenderam o autor da facada que atingiu o então candidato à presidência do Brasil, Jair Bolsonaro.

Por Redação Epoch Times Brasil
11/06/2024 17:39 Atualizado: 11/06/2024 17:39

A investigação da Polícia Federal concluiu nesta terça-feira (11) que o advogado de Adélio Bispo de Oliveira tinha, realmente, vínculo com o Primeiro Comando da Capital (PCC), maior facção criminosa do Brasil. O operador do direito foi alvo de busca e apreensão hoje em Minas Gerais, na última fase da operação. O nome do advogado não foi divulgado pela PF, mas vários veículos da imprensa apuraram que se trata de Fernando Costa Magalhães, acusado de lavar dinheiro para o PCC. O advogado de Adélio já teve ordem de bloqueio de bens – e até avião apreendido. 

A informação foi divulgada pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, em encontro com jornalistas em Brasília, na manhã desta terça-feira (11). “Comprovamos, sim, a vinculação desse advogado com o crime organizado, mas nenhuma vinculação desse advogado com a tentativa de homicídio do ex-presidente. Com isso, encerramos essa investigação. Apresentamos ao Poder Judiciário hoje esse relatório sugerindo, em relação ao atentado, o arquivamento”, se apressou o diretor-geral da PF.

Na ação foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nos municípios mineiros São José da Lapa, Lagoa Santa e Pará de Minas, pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (FICCO/MG). Também foram executados mandados judiciais que determinaram a indisponibilidade de bens de 31 pessoas físicas e jurídicas no montante de R$ 260 milhões, bem como o fechamento e suspensão das atividades de 24 estabelecimentos comerciais fantasmas.

As medidas fazem parte da “Operação Cafua”, que apura os crimes de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. De acordo com a investigação, o advogado de Adélio Bispo teria lucrado com empresas de fachada criadas para lavar dinheiro de crimes cometidos pelo PCC. Segundo a Polícia Federal, os 24 estabelecimentos fantasmas faziam parte do esquema em Minas Gerais.

A ação envolveu as polícias Federal, Civil, Militar e Penal. As determinações judiciais foram expedidas pela 2ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Comarca de Belo Horizonte. A operação é um desdobramento da “Operação Caixa Forte”, realizada em 2019, que investigou o tráfico de drogas de um grupo criminoso na Região Metropolitana da capital mineira.