A Polícia Civil do Distrito Federal desmantelou uma quadrilha de tráfico de drogas que fornecia cocaína e maconha a servidores e terceirizados do Supremo Tribunal Federal (STF). A operação, nomeada Shadow, foi resultado de um ano de investigação e levou à prisão de quatro suspeitos, que realizavam as vendas por meio do WhatsApp.
“A administração do STF tentou por diversas vezes regularizar e assumir o local para facilitar o controle, mas não houve autorização do Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional]. Além disso, não há registro de envolvimento de qualquer servidor do tribunal na prática de crimes”, afirmou o STF em nota.
A operação foi conduzida pela 6ª Delegacia de Polícia, no Paranoá.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Samambaia, Ceilândia e Águas Lindas de Goiás, áreas usadas pela quadrilha para armazenar e distribuir as drogas. Além das prisões, a polícia confiscou quantidades de cocaína e maconha, bem como equipamentos usados para embalar e distribuir os entorpecentes.
Os traficantes utilizavam o WhatsApp para coordenar as vendas e entregas com seus clientes. As drogas eram distribuídas em pontos estratégicos e previamente combinados, inclusive em locais próximos ao STF.
A quadrilha, segundo a polícia, era formada por criminosos com histórico de tráfico e envolvimento em outras atividades ilícitas.
A investigação, que se estendeu por um ano, revelou o modo de operação do grupo. Os suspeitos identificados mantinham contato regular com clientes, que incluíam funcionários terceirizados e servidores do STF.
O esquema de distribuição de drogas foi considerado sofisticado, com uma logística bem estabelecida, que usava tecnologia para facilitar o contato entre traficantes e consumidores.
A Polícia Civil agora busca ampliar a investigação e pretende cooperar com outras forças de segurança para desmantelar de vez o esquema. A operação ainda pode levar à identificação de outros envolvidos, e a Polícia Civil planeja continuar as investigações.
Segundo informações do Metrópoles, a administração do STF cooperou com as investigações e reforçou que não há indícios de que os servidores estivessem diretamente envolvidos no esquema criminoso.