Polícia Civil prende 13 pessoas em operação contra infiltração do PCC nas eleições municipais

Por Redação Epoch Times Brasil
07/08/2024 15:02 Atualizado: 07/08/2024 15:02

Na terça-feira (6), a Polícia Civil deflagrou uma operação que mobilizou mais de 400 agentes e resultou na prisão de 13 pessoas, além do bloqueio de mais de R$ 8,1 bilhões.

Realizada em 15 cidades do estado de São Paulo, a operação denominada Decurio teve como principal objetivo desarticular uma organização criminosa ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

A ação concentrou-se em uma empresa localizada em Mogi das Cruzes, cujo proprietário estaria envolvido em um esquema de infiltração do PCC nas eleições municipais.

De acordo com as investigações, a facção criminosa estaria lançando candidatos para cargos políticos locais. Entre os investigados, ao menos uma servidora municipal foi identificada como membro do alto escalão da organização criminosa.

A operação também abrangeu as cidades de São Paulo, Mogi das Cruzes, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Guarulhos, Santo André, São Caetano do Sul, Mauá, Santos, Praia Grande, Mongaguá, Ubatuba, São José dos Campos, Sorocaba e Campinas.

Durante a operação, que envolveu o cumprimento de 20 mandados de prisão temporária e 60 de busca e apreensão, a polícia confiscou 20 celulares, sete veículos, três armas de fogo, R$ 25 mil e US$ 4,6 mil em dinheiro, além de diversos relógios de luxo.

Apesar de não divulgar os nomes dos candidatos supostamente envolvidos, a polícia garantiu que, se eleitos, os investigados não poderão assumir seus cargos.

A ação foi conduzida pela Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Mogi das Cruzes, visando desmantelar uma organização criminosa envolvida em tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outros crimes, incluindo a tentativa de infiltração em cargos públicos.

A investigação começou quando uma mulher foi detida em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, por posse de drogas. 

Durante o processo investigativo, a polícia descobriu que ela era casada com um líder de uma facção criminosa e desempenhava um papel crucial como ponte de comunicação entre os membros da organização que estavam presos e aqueles que continuavam em liberdade.