A Polícia Militar de São Paulo prendeu 115 detentos no primeiro dia da saída temporária. A operação, realizada nesta terça-feira (13), teve como objetivo monitorar os detentos durante o período em que eles têm permissão para deixar os presídios.
Cerca de 35 mil criminosos no estado paulista foram liberados, ontem, para cumprir a “saidinha”, com previsão de retorno às penitenciárias na próxima segunda-feira (17).
Entre os 115 detidos, 45 foram presos novamente por furtos, 30 por roubos e 20 por porte de drogas. Outros 20 foram capturados por não retornarem aos presídios no horário determinado pela Justiça.
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), todas as detenções ocorreram no dia inicial da liberação. Campinas registrou o maior número de prisões, totalizando 37 recapturados, seguida pela capital paulista, onde ocorreram 31 detenções.
A ação da Polícia Militar incluiu a intensificação das rondas e a abordagem de indivíduos que se encontravam fora dos presídios. Desde a madrugada, equipes policiais foram mobilizadas em diferentes regiões do estado.
De acordo com as regras, os presos liberados para a “saidinha” devem permanecer em suas cidades de origem, estão proibidos de frequentar bares e boates e de se envolver em brigas. Além disso, devem ficar em casa durante a noite.
Congresso restringe saidinhas temporárias
No dia 28 de maio, o Congresso Nacional derrubou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a um dispositivo do projeto que trata da liberação temporária de presos durante feriados.
Em março, o Congresso aprovou uma lei que restringe a liberação temporária de presos do regime semiaberto, permitindo apenas para aqueles que estão matriculados em cursos de supletivo profissionalizante, ensino médio ou superior.
Ao sancionar a norma, Lula vetou um trecho do texto e autorizou a saída presos do regime semiaberto, que não tenham cometido crimes graves ou hediondos. No entanto, o Congresso rejeitou esse veto e restaurou o texto original aprovado em março.