PGR pede inquérito contra Aécio, Renan e políticos do PMDB

03/05/2016 20:27 Atualizado: 03/05/2016 20:27

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (2) diversos pedidos de abertura de inquérito baseados nas declarações do senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) em sua delação premiada, informou a Folha de S. Paulo. Dentre os pedidos, estão duas investigações contra o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e uma investigação que envolve a alta cúpula do PMDB no Senado, como o presidente da Casa, Renan Calheiros (AL).

No caso do ministro Teori Zavascki ordenar que se instaurem os inquéritos, Aécio passará a ser oficialmente um investigado em um desmembramento da Operação Lava Jato. Serão dois tipos de apuração contra o senador: uma, pela suspeita de recebimento de propina de Furnas, e outra, devido à acusação de ter maquiado dados do Banco Rural para esconder o mensalão do PSDB. Na apuração sobre o caso do Banco Rural, também será investigado o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), muito próximo de Aécio, e que, de acordo com Delcídio, sabia que os dados estavam sendo manipulados. O senador chamou as acusações de “falsas” e “mentirosas”.

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De acordo com a reportagem da Folha, outro inquérito que foi pedido pela Procuradoria Geral da República (PGR), que inclui Renan Calheiros, é contra os senadores do PMDB Romero Jucá (RR), Jader Barbalho (PA) e Valdir Raupp (RO), suspeitos de receberem propina das obras da hidrelétrica de Belo Monte. Os peemedebistas já estão sob investigação da Lava Jato. Devido a isso, a PGR solicitou que as evidências relativas a Belo Monte sejam separadas e distribuídas nos inquéritos já existentes, sem abertura de expediente próprio sobre o caso.

Delcídio afirma, em sua delação premiada, que foram pagos pelo menos R$ 30 milhões em propina pela construção de Belo Monte, “pagos ao PT e ao PMDB”. Uma quarta investigação a ser feita é contra o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo e contra o deputado Marco Maia (PT-RS). Os dois são suspeitos de achacar empresas investigadas na CPI Mista da Petrobras, realizada em 2014, em troca de recursos para a campanha. Vital foi presidente da comissão e Maia, o relator.