PF prende homem apontado como chefe de esquema de desmatamento na Amazônia

Por Redação Epoch Times Brasil
24/10/2024 14:36 Atualizado: 24/10/2024 14:36

A Polícia Federal (PF) desarticulou uma rede criminosa dedicada ao desmatamento e queimadas na Amazônia, resultando na prisão de um homem considerado seu líder em um condomínio de luxo em Campinas, São Paulo.

A operação, realizada na manhã desta quarta-feira (23), foi batizada de “Dracarys”, em uma referência à popular série Game of Thrones.

Com o objetivo de investigar atividades ilegais que podem ter causado danos ambientais estimados em R$ 138 milhões, a ação busca responsabilizar aqueles que exploram a natureza de maneira predatória. 

O homem detido é acusado de ser o principal financiador da organização criminosa, que operava principalmente nos municípios de Boca do Acre e Pauini.

Os municípios de Boca do Acre e Pauini foram selecionados estrategicamente, segundo a PF, para dificultar a atuação dos órgãos de fiscalização ambiental. 

A PF identificou que os municípios de Boca do Acre e Pauini foram escolhidos para dificultar a fiscalização ambiental. 

Essa seleção pode ter facilitado crimes como desmatamento e incêndios, longe da supervisão das autoridades, permitindo a exploração predatória e criando um ambiente propício para a realização em larga escala dessas atividades ilegais.

Investigações revelam danos alarmantes

Investigações revelaram um cenário preocupante, com o suspeito enfrentando graves acusações que incluem desmatamento de áreas protegidas e provocação de incêndios florestais. Ele também é investigado por falsidade ideológica e associação criminosa.

Segundo a Polícia Federal, as ações dessa rede resultaram na devastação de 1.672 hectares de floresta nativa em Gleba Pública Federal, enquanto queimadas afetaram 2.368 hectares.

A operação incluiu a execução de 10 mandados judiciais emitidos pela 7ª Vara Federal do Amazonas. 

Para garantir a reparação dos danos ambientais, a Justiça Federal determinou o bloqueio de bens móveis e imóveis dos envolvidos, além da indisponibilidade de contas bancárias.