PF investigará megavazamento de CPFs, Moraes é o relator

05/02/2021 10:02 Atualizado: 05/02/2021 10:02

Por Bruna Lima, Terça Livre

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou por meio de um inquérito na última quarta-feira (03), que a Polícia Federal (PF) iniciasse uma investigação para apurar o vazamento de informações de dados pessoais e sigilosos de ministros da Corte e outras autoridades.

No despacho do inquérito 4.781, Moraes determinou seja elaborado um relatório por perito analisando a divulgação dos dados de supostamente 223 milhões de brasileiros, incluindo ministros do supremo e o presidente da república.

O Terça Livre noticiou que na segunda-feira (01) o presidente da corte, ministro Luiz Fux, pediu providências sobre a suposta comercialização dos dados que foram vazados.

Fux deu então ao ministro Alexandre de Moraes a relatoria do inquérito que apresenta os autores e advogados sob sigilo.

“Por prevenção, o processo será relatado também pelo ministro Alexandre, relator do Inquérito (INQ) 4781, que apura ofensas e ameaças aos ministros do STF”, esclareceu a assessoria de imprensa do STF.

“Em face de notícias que foram amplamente veiculadas nos meios de imprensa (…) determinei a análise e elaboração de relatório sobre os vazamentos de informações de dados pessoais e sigilosos de Ministros desta CORTE e outras autoridades, no âmbito do Inquérito 4781”, declarou Moraes no documento.

Na última segunda-feira, o presidente do STF, ministro Luiz Fux, pediu providências a respeito de suposta comercialização de dados dos magistrados da Corte, noticiada pelo jornal “O Estado de S.Paulo”. Foram enviados ofícios ao ministro da Justiça, André Mendonça, e ao ministro Alexandre de Moraes.

“No despacho, o ministro Alexandre de Moraes destacou que a comercialização de informações e dados privados e sigilosos de membros do Supremo atinge diretamente a intimidade, a privacidade e segurança pessoal de seus integrantes. Diante disso, a seu ver, há a necessidade de fazer cessar lesão ou ameaça de lesão a direito, visando interromper o incentivo à quebra da normalidade institucional, concretizada por meio da divulgação e comercialização de dados privados e sigilosos de autoridades”, declarou a assessoria.

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