PF investiga golpes de R$ 262,8 milhões a 10 mil investidores de criptomoedas e mercado Forex

Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pela corporação.

Por Redação Epoch Times Brasil
07/11/2024 17:15 Atualizado: 07/11/2024 17:15

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã de quinta-feira (7), uma operação que investiga um esquema criminoso envolvendo criptomoedas e o mercado Forex — transações de câmbio. Cerca de 10 mil investidores foram lesados, de acordo com a PF.

A operação cumpriu 10 mandados de busca e apreensão, e um de prisão preventiva, nos estados Rio de Janeiro e São Paulo. Entre os locais, estão o bairro Campo Grande, zona oeste do Rio; e os municípios paulistas Barueri, Guarulhos, Cajamar e Salto.

Além dos mandados de prisão e apreensão, a 6.ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro determinou o sequestro de bens e valores dos envolvidos, no montante de R$ 262.799.248,97.

As investigações indicam que a fraude foi conduzida por uma empresa de investimentos, que captava recursos de clientes com promessas de retorno financeiro. O meio utilizado era a realização de operações nos mercados de criptomoedas e Forex.

Porém, em vez de realizar as transações prometidas, a organização se apropriou dos valores e os enviou para o exterior, sem o conhecimento dos investidores. As transferências ilegais eram feitas por meio de corretoras de criptomoedas (exchanges), facilitando a evasão de divisas..

O esquema envolvia uma estrutura de operação complexa, que facilitava a captação de novos investidores, bem como a movimentação dos valores ilícitos para fora do país.

O nome da operação, “Profeta”, faz referência ao líder do esquema, que usava a religião como ferramenta para atrair mais vítimas e cultivar sua confiança.

De acordo com a PF, a organização criminosa não só praticava crimes contra o sistema financeiro nacional: também operava sem as devidas autorizações e registros legais, como a negociação de valores mobiliários — além de administrar irregularmente carteiras de investimento.

Os envolvidos também são investigados por lavagem de dinheiro, organização criminosa transnacional e crimes relacionados a ativos virtuais.