Na manhã desta terça-feira (10), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Niflheim, com o objetivo de desmantelar três grupos suspeitos de terem movimentado R$ 55 bilhões do crime organizado para o exterior por meio de criptoativos.
A ação ocorre simultaneamente em três estados — Rio Grande do Sul, São Paulo e Ceará — e no Distrito Federal, onde estão sendo cumpridos oito mandados de prisão e 19 de busca e apreensão.
Confira os mandados expedidos:
- Caxias do Sul (RS): 5 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão
- São Paulo (SP): 3 mandados de prisão e 4 de busca e apreensão
- Fortaleza (CE): 4 mandados de busca e apreensão
- Brasília (DF): 1 mandado de busca e apreensão
As investigações revelaram que os grupos enviavam os recursos ilícitos para contas bancárias em países como Estados Unidos, Emirados Árabes, Hong Kong e China, utilizando criptoativos para ocultar a origem do dinheiro.
A Justiça Federal determinou, além das prisões e buscas, o bloqueio de R$ 9 bilhões em contas bancárias e criptomoedas, além da apreensão de veículos e imóveis dos investigados.
Segundo a PF, as atividades criminosas desses grupos começaram a ser monitoradas em setembro de 2021, quando foram identificados operando em várias camadas de transações financeiras para dificultar o rastreamento do dinheiro proveniente de atividades ilícitas, como tráfico de drogas e contrabando.
Eles utilizavam empresas de fachada e outros métodos para camuflar a movimentação financeira.
A PF também destacou que os três grupos mantêm vínculos entre si e podem, ao término das investigações, ser considerados uma única organização criminosa.
Os líderes das organizações teriam como base as cidades de Caxias do Sul (RS) e Orlando, nos Estados Unidos.
Se as suspeitas forem confirmadas, os envolvidos poderão responder por crimes como falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro, associação criminosa, organização criminosa e crimes contra a ordem tributária.