Foi deflagrada nesta terça-feira (28) pela Polícia Federal a operação Boca Livre, cujo alvo são as fraudes na Lei Rouanet. Os objetos da ação são grandes empresas e um respeitado escritório de advocacia.
Resultado da colaboração entre PF e CGU, a operação Boca Livre investiga uma quadrilha que opera há 20 anos no MinC e teria roubado aproximadamente R$ 170 milhões.
Os estados onde estão sendo realizados os mandados são Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, por uma força-tarefa de 124 policiais. O Ministério da Cultura, o escritório Demarest Advogados, as empresas Scania, Roldão, Intermédica Notre Dame, Laboratório Cristalia, KPMG, Lojas 100, Nycomed Produtos Farmacêuticos e Cecil são alguns dos alvos.
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Fraudes como superfaturamento, apresentação de notas fiscais frias, projetos duplicados e compensações ilegais realizadas às incentivadoras possibilitavam o roubo, segundo informações do Estadão.
Vários projetos de teatro itinerante direcionados às crianças e jovens necessitados não foram realizados, assim como livros deixaram de ser doados a escolas e bibliotecas públicas, conforme conclusão da Polícia Federal. Uma festa de casamento de um dos investigados que teria sido realizada na Praia de Jurerê Internacional em Florianópolis, Santa Catarina, além da confecção de livros institucionais e shows com artistas prestigiados em festas particulares para empresas grandes foi o uso que os suspeitos fizeram do dinheiro público.