A Polícia Federal (PF) corrigiu o valor estimado do suposto desvio de joias no caso envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Inicialmente, a PF havia calculado que o desvio somava R$ 25,2 milhões, mas após revisão, o valor foi ajustado para R$ 6,8 milhões.
O ministro Alexandre de Moraes, que é o relator do caso, derrubou o sigilo da ação da PF e o processo foi publicizado na segunda-feira (8) e pode se verificar a diferença entre os dois valores. “Nos termos do inciso IX do art. 93 da Constituição Federal de 1988, todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos”, escreveu na decisão.
O caso das joias veio à tona após investigações apontarem que Bolsonaro e pessoas próximas teriam supostamente se apropriado indevidamente de presentes recebidos durante o mandato presidencial. Entre os itens, estavam joias de luxo que deveriam ser incorporadas ao acervo público, mas que, segundo a PF, foram desviadas para uso pessoal.
A investigação iniciou no dia 6 de março de 2023 e analisou registros de entrada e saída de bens no Palácio do Planalto, além de depoimentos de funcionários e ex-assessores do ex-presidente.
A PF identificou que parte das joias foi vendida em leilões internacionais, enquanto outras foram encontradas em propriedades ligadas a Bolsonaro e seus aliados e chegou ao valor de R$ 25,2 milhões.
Erro e correção
O erro inicial de R$ 25,2 milhões gerou críticas. A PF reconheceu o erro de cálculo e, após uma revisão detalhada, corrigiu o valor para R$ 6,8 milhões.
Após a correção, Bolsonaro usou suas redes sociais para criticar a PF, sugerindo que o erro comprometia a credibilidade da investigação. Em uma postagem na rede social X, afirmou: “Aguardemos muitas outras correções. A última será aquela dizendo que todas as joias ‘desviadas’ estão na CEF, Acervo ou PF, inclusive as armas de fogo”, dando a entender que já havia devolvido as joias cobradas e que poderiam haver mais erros nos relatórios da PF.