Por Brehnno Galgane, Terça Livre
A Polícia Federal (PF) intimou o integrante do PSOL Guilherme Boulos a prestar depoimento sobre uma ameaça que fez ao presidente da República, Jair Bolsonaro. O inquérito aberto nessa quarta-feira (21) tem como base a Lei de Segurança Nacional.
O ex-candidato a prefeito de São Paulo foi intimado a comparecer na superintendência da PF, no estado paulista, no próximo dia 29, às 16 horas. Boulos, após uma publicação feita no Twitter, está sendo acusado de ameaçar o presidente Jair Bolsonaro.
O líder do Executivo teria declarado, durante um ato em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília: “Eu sou a Constituição”, visto que é um dos poucos líderes políticos no Brasil que a defende.
Alguns opositores, no entanto, fizeram referência a uma frase atribuída ao rei da França Luís XIV, em que diz: “O Estado sou eu”.
Boulos, então, escreveu: “Um lembrete para Bolsonaro: a dinastia de Luís XIV terminou na guilhotina”, fazendo referência a uma fala do presidente Bolsonaro.
A investigação contra Boulos partiu de uma representação realizada pelo deputado José Medeiros (Pode-MT) no Ministério da Justiça.
O jornalista Italo Lorenzon, durante o Boletim da Noite desta quarta-feira (21), lembrou o seguinte: “Imaginem a situação inversa. É obvia que daria ‘pano pra manga’”, fazendo referência se fosse um político aliado ao presidente Bolsonaro.
“Seria tratado com muito mais leniência do que foi tratado, por exemplo, o deputado Daniel da Silveira. E o Boulos nem deputado é. Não tem imunidade parlamentar. Já o Daniel Silveira fez um comentário que nem de longe parece uma apologia, foi feito uma forçação de barra tremenda para dizer que ele defendeu o AI-5. E ainda que tivesse feito, ele teria a imunidade parlamentar e, no entanto, encontra-se ainda em prisão domiciliar de maneira ilegal, de maneira inconstitucional”, ressaltou o jornalista.
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