Nesta quarta-feira (12), parlamentares, liderados pelo deputado Felipe Barros (PL-PR), anunciaram a solicitação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as atividades de um suposto grupo denominado “milícia digital do PT”. O pedido foi formalizado na Câmara dos Deputados, em Brasília, e tem como objetivo apurar o uso indevido de estruturas governamentais para disseminação de notícias falsas e manipulação de informações.
O que sabemos: O requerimento da CPI foi assinado pelos deputados Bia Kicis (PL-DF), Adriana Ventura (NOVO-SP) e Felipe Barros.
A iniciativa surge após uma reportagem do jornal Estadão, publicada em 10 de junho de 2024, alegar que a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SECOM) estaria realizando reuniões diárias com membros do Partido dos Trabalhadores (PT) e influenciadores digitais.
O deputado Jilmar Tatto (PT-SP), secretário nacional de comunicação do partido, confirmou a realização de reuniões diárias e a participação de influenciadores digitais
Estas reuniões teriam como objetivo:
- coordenar estratégias de comunicação para favorecer o governo;
- desqualificar a imprensa;
- promover desinformação.
A agência de comunicação Polo Digital Marketing, que presta serviços de administração de grupos de whatsapp do PT e recebe financiamento do Fundo Partidário, está sob escrutínio por possíveis conflitos de interesse, já que também atuou para o PT durante as eleições de 2022.
Como se posicionaram: Os parlamentares da oposição defendem que a CPI é essencial para investigar as alegações de uso indevido de recursos públicos e manipulação de informações por parte do governo e do PT. Eles enfatizam a necessidade de assegurar a transparência e a integridade das instituições democráticas brasileiras.
A proposta prevê que a CPI será composta por 25 deputados titulares e um igual número de suplentes, com prazo inicial de 120 dias, prorrogáveis, para concluir as investigações.
Porque isso é relevante: A coordenação pela SECOM e o PT, segundo os parlamentares, sugere um uso impróprio das estruturas governamentais para fins partidários, comprometendo a transparência e a imparcialidade das instituições públicas.