O juiz federal Sérgio Moro, a cargo da da Operação Lava Jato na primeira instância, condenou nesta segunda-feira (26) o ex-ministro Antonio Palocci a 12 anos e 2 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
“Reconhecido o concurso formal entre os crimes de corrupção e lavagem, unifico as penas de ambos pela regra do art. 70 do Código Penal. Sendo um crime de corrupção em concurso formal com dezenove de lavagem, elevo as penas dos crimes mais graves, de lavagem, em um terço, resultando em doze anos, dois meses e vinte dias de reclusão”, sentenciou Moro.
Eduardo Musa (corrupção passiva), Fernando Migliaccio, Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho e Mônica Moura (cada um por 19 crimes de lavagem de dinheiro), João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT (um crime de corrupção passiva), Renato de Souza Duque (um crime de corrupção passiva) e Marcelo Odebrecht (um crime de corrupção passiva e 19 crimes de lavagem) também foram condenados no mesmo processo. O ex-assessor de Palocci Branislav Kontic bem como Rogério Santos de Araújo foram absolvidos por falta de provas, mas ainda respondem a outras ações penais na Operação Lava-Jato..
Confira as demais sentenças:
Vaccari ─ quatro anos e seis meses
Mônica Moura ─ quatro anos e seis meses
Marcelo Odebrecht ─ 12 anos e dois meses
Duque ─ quatro anos
Citando depoimento de Marcelo Odebrecht, a defesa de Palocci havia atribuído em suas alegações finais a Guido Mantega, seu sucessor no Ministério da Fazenda, a prática da autorização de pagamentos de propinas da Odebrecht na conta do marqueteiro João Santana na Suíça para o Partido dos Trabalhadores a partir de 2011.
Por se tratar de macrocorrupção, o juiz determinou que Palocci recorra preso.