Uma investigação sobre rifas ilegais promovidas por influenciadores digitais e artistas nas redes sociais resultou, nesta quinta-feira (12), em uma operação do Ministério Público e da Polícia Federal contra policiais civis do estado de São Paulo.
Os agentes são suspeitos de cobrar propina para proteger os envolvidos na prática ilícita.
A Operação Latus Actio, que teve sua primeira fase deflagrada em março, cumpre um mandado de prisão preventiva e seis de busca e apreensão em cinco cidades: São Paulo, Mauá, São Caetano do Sul, Mogi das Cruzes e São José dos Campos.
Após a primeira fase da operação, deflagrada em 12 de março de 2024, novas evidências obtidas a partir do material apreendido indicaram que policiais civis teriam exigido pagamentos ilícitos de produtores, empresários e cantores de funk.
O objetivo seria interromper investigações relacionadas à exploração de jogos de azar, como rifas promovidas e divulgadas por artistas e influenciadores em redes sociais.
As rifas, realizadas nas plataformas digitais, violam a legislação brasileira, que só permite esse tipo de prática quando promovida por entidades beneficentes com autorização do Ministério da Fazenda.
De acordo com as apurações, os influenciadores temiam que as investigações levassem ao bloqueio de suas contas nas redes sociais, o que os motivava a pagar as quantias exigidas pelos policiais.
A operação, que visa combater crimes de corrupção ativa e passiva relacionados à exploração de jogos de azar, recolheu materiais que serão analisados para aprofundar as investigações.
Os nomes dos envolvidos não foram divulgados até o momento.