Na manhã desta segunda-feira (25), a Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou a “Operação Bisturi”, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa acusada por fraudar planos de saúde.
Conduzida pela Delegacia do Consumidor (Decon) e pelo Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), a investigação apura fraudes que teriam causado um prejuízo de aproximadamente R$ 50 milhões às operadoras de planos de saúde, incluindo Bradesco, Amil, Golden Cross e Sul-América.
Segundo os investigadores, o grupo envolvia médicos, advogados e empresas que forneciam materiais de saúde.
O esquema consistia em apresentar ações judiciais, muitas vezes com pedidos de liminares, para acelerar a autorização de cirurgias superfaturadas e de alto custo — que, em alguns casos, sequer eram realizadas.
Além disso, os criminosos solicitavam reembolsos por serviços médicos inexistentes, aumentando ainda mais o valor desviado, segundo o delegado Wellington Pereira Vieira, titular da Decon.
Outro ponto da fraude era o uso de documentos falsificados, como pedidos de procedimentos médicos em nome de profissionais de saúde já falecidos. O grupo também fornecia órteses, próteses e outros materiais médicos a preços muito superiores aos praticados no mercado, todos pagos pelos planos de saúde lesados.
A operação tem como alvo 11 investigados, incluindo médicos e advogados, que atuavam de forma coordenada para realizar as fraudes.
A Polícia Civil cumpriu 15 mandados de busca e apreensão nos bairros da Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Leblon e Ipanema, no Rio de Janeiro, e também em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Durante as buscas, documentos, telefones celulares e equipamentos eletrônicos foram apreendidos.