Omar Aziz determina prisão de Roberto Dias

08/07/2021 16:16 Atualizado: 08/07/2021 16:16

Por Brehnno Galgane, Terça Livre

O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid, determinou a prisão de Roberto Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde. A prisão do ex-servidor público foi anunciada durante seu depoimento nessa quarta-feira (7) à CPI.

Segundo o senador Aziz, a prisão se justifica pelo suposto prejuízo do depoente durante a sessão. Uma matéria com áudios vazados pela CNN pode ter motivado a decisão de Omar Aziz, defendida pelos senadores de oposição.

Os áudios foram supostamente trocados entre Dominguetti e o tenente-coronel Marcelo Blanco. Coincidentemente, logo depois da divulgação dos áudios, Aziz decidiu determinar a prisão.

Em suas declarações, Roberto Dias afirmou que não houve pedido de propina para a compra de vacinas. Dias declarou ainda que suspeita que Luiz Paulo Dominguetti foi plantado para gerar denúncias contra ele.

O ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde disse que as acusações são falsas e explicou que o encontro dele com suposto representante da empresa Davati, Luiz Paulo Dominguetti, não foi combinado com antecedência.

A defesa de Roberto Dias denunciou a coação por parte de senadores da Comissão, que provocou o pedido de prisão sem motivos válidos. A defesa declarou ainda que deve recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) e denunciar Omar Aziz por abuso de autoridade.

O analista político Carlos Dias apontou durante o Boletim da Noite de quarta-feira (7) que não houve indicativo de que o depoente estivesse mentindo, além de ressaltar o abuso de autoridade por parte do presidente da CPI, o senador Aziz.

“Não tem nenhum objeto claro, ele [Omar Aziz] não faz nenhuma acusação direta, ele chama simplesmente o depoente de mentiroso. Mostre onde estão as provas objetivas das violações que o depoente cometeu. Não é possível, independentemente do cidadão em si, de sua condição, ninguém pode ser preso de uma maneira tão arbitrária, tão sem motivo, isso configura abuso de poder”, afirmou.

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