Uma nova variante do Sars-CoV-2, chamada XEC e da linhagem Ômicron, foi detectada nos estados de Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Descoberta através da vigilância genômica, a variante preocupa autoridades de saúde por suas mutações que podem aumentar a transmissibilidade.
A XEC, que já circula em mais de 35 países e está sob monitoramento da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo a virologista Paola, integrante da Rede Genômica Fiocruz, a nova linhagem pode aumentar a propagação do vírus.
“Em outros países, essa variante tem apresentado sinais de maior transmissibilidade, aumentando a circulação do vírus. É importante observar o que vai acontecer no Brasil. O impacto da chegada dessa variante pode não ser o mesmo aqui porque a memória imunológica da população é diferente em cada país, devido às linhagens que já circularam no passado”, explica a especialista.
No Brasil, a XEC foi detectada inicialmente em amostras coletadas no Rio de Janeiro entre agosto e setembro, período em que houve um leve aumento nos diagnósticos de covid-19 na cidade.
“Realizamos essa ação para compreender em tempo real o que estava ocorrendo no Rio, uma vez que havia um leve aumento nos diagnósticos de covid-19 na cidade. Isso foi muito importante para detectar a variante XEC, que precisará ser acompanhada de agora em diante”, afirmou Paola.
O monitoramento genômico é fundamental para identificar novas variantes da covid-19. Entretanto, Paola destacou que a coleta de dados está prejudicada em algumas regiões do Brasil.
“Atualmente, estamos sem dados genômicos de diversos estados porque não têm ocorrido coleta e envio de amostras para sequenciamento genético. É muito importante que esse monitoramento seja mantido de forma homogênea no país para acompanhar o impacto da chegada da variante XEC e detectar outras variantes que podem alterar o cenário da covid-19”, afirmou a virologista.
Além do Rio de Janeiro, a nova variante também foi identificada em São Paulo e Santa Catarina, espalhado em várias das regiões do país.
A identificação da XEC no Brasil ocorre em um momento em que outros países já enfrentam desafios com sua disseminação. Desde junho de 2024, a variante tem sido observada em vários países, onde demonstra uma maior capacidade de transmissão.
As autoridades de saúde afirmam que o impacto da variante XEC no Brasil pode diferir devido à imunidade gerada por variantes anteriores. A Rede Genômica Fiocruz segue monitorando sua evolução para avaliar os impactos e adotar medidas de contenção.
Como combater doenças infecciosas
Para se preparar para doenças infecciosas e fortalecer a imunidade, é importante manter uma alimentação balanceada rica em frutas, verduras e proteínas, que fornecem vitaminas e minerais essenciais.
Exercícios físicos regulares ajudam a melhorar o sistema imunológico, assim como noites de sono adequadas, que permitem o descanso necessário para o corpo se recuperar.
Além disso, a ingestão de água, a redução do estresse e evitar o consumo excessivo de álcool e tabaco também são fundamentais para o fortalecimento das defesas naturais do organismo.