Por Brehnno Galgane, Terça Livre
No último domingo (29), o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que “não há possibilidade de fraudar o sistema” eleitoral, mas há pessoas que acreditam nisso. Como, por exemplo, “tem gente que acha que o Trump venceu as eleições nos Estados Unidos”, concluiu Barroso, que voltou a defender as urnas eletrônicas.
Quando questionado sobre a fala do presidente Bolsonaro sobre possíveis fraudes no atual sistema eleitoral brasileiro e a defesa do voto impresso, Barroso disse que, caso haja comprovadamente alguma irregularidade, o TSE irá apurar. Entretanto, afirmou que nunca houve prova de fraudes com as urnas eletrônicas.
“O presidente da República merece todo o respeito institucional, e tem o direito de manifestar livremente sua opinião. O país é livre e democrático. A verdade, porém, é que o Supremo Tribunal Federal já entendeu pela inconstitucionalidade do voto impresso. E não apenas pelo custo de R$ 2,5 bilhões, mas, porque representaria um risco real ao sigilo para o voto. Então, objetivamente, hoje não existe a possibilidade de voto impresso porque existe uma decisão unânime em sentido diverso”, disse Barroso.
Noutras palavras, aparentemente para Barroso, tanto os candidatos, quanto os eleitores, não tem o direito de pedir uma votação mais transparente e auditável, através de uma recontagem dos votos, porque isso causaria um “grande tumulto para o processo eleitoral brasileiro”. Pois, segundo ele, não há como haver fraudes.
“Não há possibilidade de fraudar o sistema. Agora, não tenho controle sobre o imaginário das pessoas. Tem gente que acha que a terra é plana, tem gente que acha que o homem não chegou na lua, tem gente que acha que o Trump venceu as eleições nos Estados Unidos. Esse é o imaginário sobre o qual eu não tenho poder”, concluiu Barroso.
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