MST volta a invadir sede do Incra em Alagoas em protesto contra indicado de Lira

Por Redação Epoch Times Brasil
06/06/2024 20:14 Atualizado: 06/06/2024 20:14

Militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram novamente a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Maceió, Alagoas, nesta quarta-feira (5). O grupo protestava contra a permanência do indicado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), no cargo de superintendente regional do órgão em Alagoas. 

O MST pressiona pela nomeação de José Ubiratan Rezende Santana para o cargo. Em abril, Wilson Cesar de Lira Santos foi demitido pelo governo Lula para atender às demandas do movimento, que vinha exigindo sua exoneração desde o ano anterior.

Essa é a segunda invasão do ano pelo MST ao Incra. A sede já havia sido ocupada em 29 de abril em protesto contra a nomeação de Junior Rodrigues do Nascimento, que assumiu o cargo em 25 de abril, como superintendente do Instituto. 

Em nota sobre o ocorrido, o movimento justifica que o grupo de Lira é contrário à reforma agrária. Eles alegam que a nomeação de um novo líder para o órgão, novamente indicado pelo presidente da Câmara, como foi o caso do primo de Lira, “perpetua o bolsonarismo no poder”. 

“O órgão continua sob domínio de grupos políticos contrários à reforma agrária e, por isso, as demandas referentes a essa pessoa permanecem paralisadas […] Nada foi feito no sentido de atender demandas antigas no que diz respeito aos assentamentos e acampamentos. Pelo contrário, são colocados entraves para qualquer avanço da reforma agrária no Estado”, diz um trecho da nota.

“Nada foi feito no sentido de atender demandas antigas no que diz respeito aos assentamentos e acampamentos. Pelo contrário, são colocados entraves para qualquer avanço da reforma agrária no Estado”.

De acordo com o próprio MST, cerca de 300 pessoas participaram da invasão. Membros de outras de outras seis entidades de viés comunista estão acampados em Maceió desde a tarde do último domingo (9). Participam também da ação o Movimento Terra Livre , a Comissão Pastoral da Terra (CPT); Frente Nacional de Luta (FNL); Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST); Movimento de Luta pela Terra (MLT); Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL).