Morre médica da Marinha atingida por bala perdida em hospital no Rio

Gisele Mendes de Souza e Mello passou por uma cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos; ela foi atingida na cabeça

Por Redação Epoch Times Brasil
10/12/2024 20:03 Atualizado: 10/12/2024 20:03

A médica da Marinha Gisele Mendes de Souza e Mello, de 55 anos, atingida na manhã desta terça-feira (10) por uma bala perdida dentro do Hospital Naval Marcílio Dias, na Zona Norte do Rio de Janeiro, não resistiu ao ferimento. A morte da oficial foi confirmada às 16h32.

A militar, capitã de Mar e Guerra, foi atingida na cabeça durante uma operação do Comando da Coordenadoria de Polícia Pacificadora no Complexo de Favelas do Lins de Vasconcelos. Gisele foi socorrida por colegas do hospital e levada, em estado grave, para o centro cirúrgico.

Formada em medicina em 1993, Gisele era geriatra e ocupava o cargo de superintendente do Hospital Naval. Ela estava prestes a ser promovida ao posto de almirante médica.

A vítima participava de uma cerimônia no auditório da Escola de Saúde da Marinha, localizada em um dos prédios do hospital, que fica dentro do Complexo do Lins.

Por meio de nota, a PM informou que, durante a operação, os agentes foram atacados por traficantes na Comunidade do Gambá. 

A PM e a Marinha estão trabalhando juntas para detalhar os fatos e identificar os responsáveis pelos disparos.

Nota da Marinha

A Marinha do Brasil (MB) lamenta informar a morte da Capitão de Mar e Guerra Médica Gisele Mendes de Souza e Mello, baleada no complexo do Hospital Naval Marcílio Dias (HNMD), nesta terça-feira (10).

A Marinha se solidariza com familiares e amigos e informa que está prestando todo o apoio nesse momento de grande dor e tristeza.

Nota da PM

“A Assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Polícia Militar informa que a UPP Lins realiza na manhã desta terça-feira (10/12) uma operação nas Comunidades do Complexo do Lins. Quando na Comunidade do Gambá, os policiais foram atacados por criminosos. Posteriormente o comando da unidade recebeu informações sobre uma vítima ferida dentro do Hospital Marcílio Dias. O policiamento segue reforçado no local.”

Nota do Cremerj

“O Conselho se solidariza com a médica, a família e os amigos que estão vivendo este momento terrível e pede às autoridades celeridade na apuração dos fatos, responsabilização dos culpados e um plano para evitar efeitos colaterais da violência urbana e de operações policiais realizadas nas proximidades de estabelecimentos de saúde.

O CREMERJ também lembra que o Hospital Naval Marcílio Dias é referência em atendimentos que vão de baixa à alta complexidade e lamenta que uma unidade tão conceituada tenha sido palco de uma violência tão estarrecedora.”