Morre mãe do presidente do Partido Liberal; Moraes autoriza Bolsonaro a participar do funeral

Por Redação Epoch Times Brasil
03/12/2024 14:23 Atualizado: 03/12/2024 14:51

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou nesta terça-feira (3) um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para participar do velório e enterro de Leila Caran Costa, mãe do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto. O ministro autorizou a participação do ex-presidente e permitiu que ambos conversassem durante a cerimônia. 

No documento, Bolsonaro destacou a relação de proximidade com Valdemar e a excepcionalidade da ocasião. 

“Considerando a relação entre o peticionário e o Sr. Valdemar e a excepcionalidade da situação, é a presente para requerer, em caráter excepcional, autorização para o comparecimento aos funerais da genitora do Sr. Valdemar, comprometendo-se o peticionário a não manter quaisquer conversas sobre as investigações em curso”, diz um trecho da petição.

O velório da mãe do presidente do PL, falecida nesta terça-feira, aos 99 anos, acontece em Mogi das Cruzes, São Paulo, conforme detalhado no pedido enviado ao STF.

Em nota publicada em suas redes sociais, Valdemar lamentou a perda.

“Com grande tristeza, informo o falecimento de minha mãe, Leila Caran Costa. A perda de uma mãe é, sem dúvida, um dos momentos mais dolorosos que enfrentamos. Ela foi a mulher que me deu a vida, me ensinou o que era importante e, sobretudo, a lutar com coragem e amor. Seu legado de princípios e força será sempre uma inspiração para mim”.

“Peço a Deus que acolha sua alma com o mesmo carinho e atenção que ela sempre dedicou à nossa família. Que ela possa ser lembrada e que seu exemplo continue a tocar todos que tiveram a bênção de conhecê-la”, completou.

Contexto da proibição de contato

Bolsonaro e Valdemar Costa Neto são investigados na operação Tempus Veritatis, deflagrada em fevereiro deste ano para apurar uma suposta tentativa de golpe de Estado que teria como objetivo manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022.

Entre as medidas cautelares impostas no curso da investigação, Moraes determinou que os dois não se comuniquem enquanto o processo estiver em andamento. 

O pedido de Bolsonaro representa, portanto, uma exceção à ordem judicial que regula o caso.

Ainda não há informações sobre o posicionamento de Moraes em relação à solicitação do ex-presidente.