Conforme previsão feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o voto impresso nas urnas eletrônicas de todo o país terá o custo de R$ 2,5 bilhões nos próximos dez anos. Além de criticarem os altos gastos com a substituição das atuais urnas eletrônicas por modelos com impressoras, ministros da Corte Eleitoral também acreditam que imprimir o voto provocará vários contratempos nas eleições do ano que vem, como filas maiores e maior número de máquinas com defeito.
O voto impresso é uma das condições previstas na minirreforma eleitoral, sancionada com vetos em 2015 pela presidente cassada Dilma Rousseff. Na época, o Congresso derrubou o veto de Dilma ao voto impresso. No total, 368 deputados e 56 senadores votaram favoravelmente à impressão. Quem propôs a ideia foi o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que considera que a impressão do voto pode incentivar a participação da população descrente com o sistema eletrônico.
Mesmo podendo apresentar problemas operacionais, o ponto forte do voto impresso é que ele torna mais difícil a ocorrência de fraudes tecnológicas, segundo avaliação do professor Diego Aranha, pesquisador do Laboratório de Segurança e Criptografia Aplicada (LASCA) da Unicamp.
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