Ministro Gilmar Mendes declara que Lula poderá pedir indenização por danos morais

22/04/2021 12:29 Atualizado: 22/04/2021 12:29

Por Bruna Lima, Terça Livre

Em entrevista ao jornal Estadão divulgada no último dia 18, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, analisou a decisão da Corte que anulou as condenações do ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com o magistrado, a Operação Lava Jato provocou um “colapso” no Judiciário do país, atingindo da primeira instância até o Superior Tribunal de Justiça (STJ), pois essas instâncias teriam sucumbido as “pressões políticas” da força-tarefa que comandou a operação em Curitiba.

O ministro Gilmar Mendes ressaltou ainda que o STF anulou as condenações contra o ex-presidente por questões processuais, ao concluir que os casos não deveriam ter ficado em Curitiba.

“Não foi uma absolvição”, declarou ele.

Ao ser perguntado se o ex-presidente Lula poderia pedir indenização ao por danos morais, o ministro respondeu: “Não sei se ele vai fazer, mas é uma questão a ser considerada”, afirmou.

Durante sua entrevista, o ministro ainda voltou a criticar o ministro Kassio Nunes Marques pelas recentes decisões que vem tomando no STF.

Os analistas políticos do Terça Livre comentaram sobre a declaração do magistrado ao Estadão.

“Normalmente, se discute se existe uma fidelidade à lei, como, por exemplo, em relação à competência do caso do Lula, se era Curitiba ou São Paulo. Acontece que no Brasil, quando vemos uma decisão dessa como a do ministro Gilmar Mendes, nós ficamos nos perguntando: só não se pode ser honesto no Brasil”, pontuou o jornalista Allan dos Santos.

“Sendo honesto, nós acabamos sendo enquadrados dentro de alguma lei, decreto, norma. Só ser bandido é o que vale a pena nesse país”, completou.

Conforme o Terça Livre noticiou, no último dia 15 de abril os ministro do Supremo Tribunal referendaram a decisão que anulou as condenações do ex-presidente petista e permite que Lula volte a se candidatar em 2022.

A confirmação da decisão monocrática tomada no dia 8 de março pelo ministro Edson Fachin foi dada por 08 votos a 03.

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