Por Brehnno Galgane, Terça Livre
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, , defendeu durante a Comissão de Educação, na última quarta-feira (31), o veto do presidente Jair Bolsonaro ao Projeto de Lei (PL) nº 3.477/2020 de “internet” para escolas. Segundo Ribeiro, deve haver mais “clareza” no Projeto. Portanto, não irá “colocar dinheiro sem qualquer responsabilidade”.
O ministro aponta que falta transparência no PL com relação à distribuição dos R$ 3,5 bilhões para a compra de tablets e de chips de internet, para professores e alunos.
“Este PL não traz, no meu entendimento, clareza suficiente nem diagnóstico adequado a respeito dos gastos efetivos. Em outras palavras, despejar dinheiro na conta não é política pública”, apontou Ribeiro.
“Se fosse assim, em anos com grandes orçamentos do MEC, alunos estariam em condição muito melhor”, acrescentou o Ministro da Educação, atentando para um grave problema no ensino brasileiro: excesso de recursos injetados em governos anteriores, porém sem o qualitativo. “Se fosse questão de dinheiro, somente de dinheiro, de aplicação de recursos, o ministro da Educação deveria ser economista, não educador”.
Alguns membros presentes na Comissão de Educação, aparentemente, acabaram deturpando a fala do Ministro. Ribeiro, então, informou que foi mal interpretado.
“Quando fiz referência ao fato de que ‘despejar dinheiro na ponta não é política pública’, alguns talvez tenham entendido de uma maneira equivocada”, declarou o Ministro. “Isso não é um indicativo de que a gente não vai dar dinheiro para as boas práticas, para as boas políticas. Quando eu falei ‘despejar’ [foi] no sentido de colocar [dinheiro] sem qualquer responsabilidade”.
Milton Ribeiro também reconheceu que “é preciso estudo, diagnóstico, monitoramento e avaliação” nas ações do governo, acrescentando que o MEC não é contra distribuir “internet”, mas questiona os meios da distribuição.
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