Por Bruna Lima, Terça Livre
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, usou o seu perfil no Twitter para defender a liberação das drogas no país ao divulgar um vídeo no último dia 8 de maio.
“O depoimento dessa senhora vale por alguns tratados jurídicos e sociológicos. Merece ser visto com atenção e respeito”, disse o magistrado ao comentar o vídeo de sua publicação.
A postagem original é da página “Quebrando o Tabu”, um dos perfis mais utilizados pela esquerda para militar em prol de causas raciais, LGBT, drogas, entre outras.
“Legaliza essa porcaria. Começa a vender lá na farmácia que eu quero ver os grandes empresários se matarem iguais aos nossos estão se matando por um dinheiro que nem é deles. Porque eles vendem droga, morrem por causa da droga, são presos por causa da droga, mas nenhum de nós, nenhuma de nós tem o dinheiro da droga para pagar um advogado para ele”, diz a mulher identificada como Tereza, ao defender a descriminalização das drogas.
Ela ainda continua dizendo que a liberação não implicaria o aumento dos usuários, pois segundo ela, “proibido já está, mesmo assim, tá todo mundo fumando.”
Aparentemente, para o ministro Barroso, quaisquer tratados antidrogas valem menos que a defesa do chamado tráfico legal das drogas, publicado em redes militantes, como o Quebrando o Tabu.
Em sua fala, Tereza ainda alega que a responsabilidade pela entrada dos jovens para o crime é do Estado.
“Ninguém faz um filho para se tornar criminoso. No caminho da vida ele pega um atalho e para no cárcere, e essa responsabilidade não pode ser nossa. Metade dessa responsabilidade é do Estado, que não nos dá melhores condições de criar os nossos filhos (…) Vamos reivindicar os nossos direitos, com sabedoria e determinação”, disse.
O assunto esteve na pauta do Boletim da Manhã desta segunda-feira (10).
Os comentaristas do Terça Livre, Max Cardoso e Pedro Alaer, analisaram que o posicionamento de um ministro do STF em relação ao assunto aponta um problema “gravíssimo” e também citaram como exemplo que o fato da venda de cigarros ser liberada, não implicou o fim do contrabando e outros crimes no mundo todo.
“Eu fico revoltado, porque eu sei, eu já vi de perto o que a droga pode fazer na vida de uma família. Você ter um ministro da Suprema Corte compartilhando um vídeo a favor da legalização das drogas é revoltante”, afirmou Pedro Alaer.
A declaração de apoio de Luís Barroso rendeu diversas manifestações de repúdio por parte dos cidadãos brasileiros nas redes sociais.