Por meio de uma nota oficial divulgada na quarta-feira (31), o governo condenou “veementemente” a ação militar em Teerã, Irã, que resultou na morte de Ismail Haniyeh, líder do grupo terrorista Hamas.
O comunicado publicado pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) refere-se a Haniyeh como “chefe do Escritório Político do Hamas”.
“O Brasil condena veementemente o assassinato do chefe do Escritório Político do Hamas, Ismail Haniyeh, ocorrido em 31/7 em Teerã. O país repudia o flagrante desrespeito à soberania e à integridade territorial do Irã, em clara violação dos princípios da Carta das Nações Unidas. Reafirmamos que atos de violência, independentemente da motivação, não contribuem para a busca de estabilidade e paz duradouras no Oriente Médio”, diz a nota do governo brasileiro.
O texto destaca que o ataque “dificulta as chances de uma solução política para o conflito em Gaza” e complica as “negociações para um cessar-fogo e a libertação dos reféns” israelenses.
Além disso, o Itamaraty apela para que todos os envolvidos no conflito na região exerçam “máxima contenção” e solicita à comunidade internacional que empenhe “todos os esforços possíveis” para promover o diálogo e prevenir a escalada das hostilidades.
Brasil estava representado por Alckmin em Teerã
Ismail Haniyeh foi morto enquanto estava em Teerã para participar da posse do presidente iraniano, Masud Pezeshkian. Na terça-feira (30), Haniyeh participou da cerimônia ao lado de outros membros seniores do “eixo de resistência” do Irã, que inclui o grupo terrorista Hamas em Gaza, o Hezbollah no Líbano e os Houthis no Iémen. Ele estava hospedado em uma residência no norte da capital iraniana.
Durante o evento, o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, também esteve presente em Teerã representando o governo Lula e ficou a poucos metros de Haniyeh na cerimônia de posse.