O Ministério da Saúde informou na terça-feira (7) que está “acompanhando atentamente” o surto de metapneumovírus humano (HMPV) registrado na China. O vírus tem causado um aumento significativo de infecções respiratórias, especialmente entre crianças.
Apesar de não haver alerta internacional emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), as autoridades brasileiras mantêm comunicação constante com a OMS e outros países. O objetivo é acompanhar a situação e trocar informações relevantes.
De acordo com Marcelo Gomes, coordenador-geral de Vigilância da COVID-19, Influenza e outros Vírus Respiratórios do Ministério da Saúde, “as últimas atualizações de vigilância do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China (China CDC) indicam que a intensidade das infecções respiratórias tem sido menor em relação ao mesmo período do ano anterior”.
Apesar disso, o órgão chinês observou um aumento em infecções respiratórias agudas. Entre os vírus identificados estão gripe sazonal, rinovírus, vírus sincicial respiratório (VSR) e o próprio HMPV. O norte do país foi a região mais afetada.
Risco de pandemia é baixo
Embora o risco de uma pandemia seja considerado baixo, o Ministério da Saúde reforça a necessidade de manter medidas preventivas. Essas medidas, segundo o ministério, ajudam a evitar a disseminação de vírus respiratórios.
O coordenador-geral também defendeu o uso das vacinas de COVID-19 para a nova doença respiratória.
“As vacinas contra a COVID-19 e a influenza seguem eficazes na prevenção de formas graves dessas doenças, reduzindo hospitalizações e óbitos”, afirmou Gomes.
Além disso, o ministério também destaca o uso de máscaras por pessoas com sintomas. A adoção de medidas de higiene, como lavar as mãos com frequência e usar álcool em gel, é essencial.
Embora geralmente cause sintomas leves, o vírus pode evoluir para quadros graves em pessoas vulneráveis.
HMPV sob vigilância no Brasil desde 2004
O metapneumovírus humano foi identificado no Brasil pela primeira vez em 2004. Desde então, é monitorado pelo Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep).
Esse sistema permite a identificação de casos através dos Núcleos Hospitalares de Epidemiologia (NHEs). Os NHEs analisam dados de diferentes patógenos respiratórios em todo o país.
Como parte dos esforços para aumentar a vigilância epidemiológica, o Ministério da Saúde publicou o Guia de Vigilância Integrada da Covid-19, Influenza e outros Vírus Respiratórios de Importância em Saúde Pública.