A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse neste sábado que a decisão final sobre as autorizações para a Petrobras explorar um campo ao longo da foz do rio Amazonas será “técnica”.
Marina Silva reconheceu que a Petrobras voltou a apresentar um pedido corrigido após a recusa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), mas comentou que os funcionários públicos terão a palavra final.
“Os técnicos têm liberdade para dar a sua opinião e as autoridades devem olhar para o que os técnicos dizem”, afirmou a ministra durante uma entrevista coletiva em Belém, onde na próxima semana será realizada uma cúpula entre os países amazônicos.
A ministra lembrou que o Ibama concedeu à Petrobras mais de 2.000 licenças para exploração de petróleo ao longo dos anos e que as licenças ambientais não são negadas por razões “ideológicas”.
A Petrobras divulgou na sexta-feira que está “muito confiante” de que pode superar as dúvidas do Ibama com este novo pedido e começar a explorar o controverso campo de petróleo neste ano.
Na mesma linha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta semana que o estudo do Ibama “não é definitivo” e que a petroleira “tem o direito de corrigir” as falhas técnicas apontadas pelo órgão.
A estatal alega que o poço mais próximo da foz do Amazonas, área de extrema sensibilidade devido à proximidade de manguezais e habitat de espécies ameaçadas de extinção, está localizado a 500 quilômetros de distância e a uma profundidade de 2.880 metros.
No entanto, em sua recusa, o Ibama argumentou que havia “inconsistências preocupantes de alta vulnerabilidade socioambiental para a operação segura na nova fronteira exploratória”.
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