Marcos Valério fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF) em Minas Gerais, após ter sido rejeitado pelo Ministério Público mineiro. O acordo aguarda homologação da suprema corte por citar políticos com foro privilegiado, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Condenado a 37 anos e meio de prisão como operador do esquema do mensalão, Valério foi transferido para para uma unidade da Associação de Proteção e Assistência a Condenados (Apac), em Sete Lagoas (MG), como parte do acordo com o a PF. Ele cumpria pena na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG).
Marcos Valério já afirmou saber bastante sobre o mensalão do PT e do PSDB e sobre a morte de Celso Daniel. Mas quando Valério foi condenado, em 2012, a legislação vigente não previa delação premiada pós-sentença. O acordo com a PF se baseia na Lei 12.850 de 2013, que permite esta possibilidade.