O candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), informou nesta segunda-feira (16) que irá pedir a cassação da candidatura de José Luiz Datena (PSDB), seu adversário na corrida eleitoral.
A decisão foi tomada após Datena agredir Marçal com uma cadeira durante um debate transmitido pela TV Cultura na noite de domingo (15).
Marçal, que foi internado com lesões no tórax e no punho no hospital Sírio-Libanês, afirmou que a agressão demonstra “descontrole emocional” por parte de Datena e que o jornalista deveria ter sido preso imediatamente após o incidente.
“Onde eu estaria agora se eu tivesse dado a cadeirada nele? Eu estaria na cadeia. Se fosse alguém pobre, negro e de periferia que tivesse dado a cadeirada, estaria preso”, constatou Marçal.
O candidato declarou que, além de pedir a cassação da candidatura de Datena, pretende “tomar todas as medidas necessárias em nome da sociedade”.
A ação deve ser baseada no comportamento agressivo do oponente durante o debate, que, segundo ele, é incompatível com um candidato a cargo público.
O advogado de Datena, Guilherme Ruiz, argumentou que a legislação eleitoral brasileira não prevê a cassação de uma candidatura com base em agressão física.
“Datena continuará como candidato”, disse Ruiz.
Ele também mencionou que Marçal enfrenta uma ação por abuso de poder econômico movida pelo partido de Tabata Amaral (PSB), o que poderia comprometer sua própria candidatura.
O que aconteceu
Durante o debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, realizado pela TV Cultura no domingo (15), José Luiz Datena (PSDB) agrediu Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeirada. O confronto levou à interrupção temporária do evento.
Marçal, que foi rapidamente levado ao Hospital Sírio-Libanês, permaneceu internado durante a madrugada e recebeu alta na manhã de segunda-feira (16).
De acordo com o boletim médico divulgado pela instituição, ele sofreu traumatismo na região torácica direita e no punho, mas não apresentou complicações graves decorrentes da agressão.