Por Davi Soares, Diário do Poder
A senadora eleita pelo estado de São Paulo, Mara Gabrilli (PSDB), revelou que a sede dos integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) por dinheiro e poder teria levado seu pai a ser extorquido sob a mira de uma arma, quando atuava como empresário do ramo do transporte público, em Santo André (SP), onde mantinha concessão pública. As declarações foram feitas em entrevista ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan News, na última quinta-feira (11).
Mara Gabrilli disse que seu pai, já falecido, era ameaçado por capangas da gestão do prefeito Celso Daniel, com arma na cabeça, todos os meses. E disse que a extorsão serviria para financiar a campanha do ex-presidente Lula e foi laboratório para esquemas como o mensalão e o petrolão.
“Meu pai era extorquido todo mês com uma arma na cabeça. E isso, assim, até o secretário municipal, que era o Clinger, chegava armado, secretário do Celso Daniel. E não adianta dizer que o Celso Daniel não sabia, porque sabia. Minha família avisava. Ele acreditava que os fins justificavam os meios. E como era dinheiro para a campanha do Lula, não tinha problema nenhum extorquir empresário com uma arma na cabeça. E se a gente tivesse dado mais atenção ao assassinato do Celso Daniel na época, talvez a gente não tivesse chegado nessa corrupção endêmica e sistêmica. Aquilo foi o laboratório que desembarcou no mensalão e no petrolão. A população tem que saber”, declarou Gabrilli.
Na mesma entrevista, Mara Gabrilli negou apoiar Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), na disputa presidencial. Mas lamentou ver o PT no 2º turno da eleição, com um presidiário coordenando a campanha de dentro da prisão. “Que tipo de exemplo é esse, para nossas crianças, para os nossos adolescentes, que vão começar a achar que ser presidiário é super bacana? PT no 2º turno é de arrepiar”, lamentou.
Ela ainda disse acreditar que a delação de Marcos Valério, homologada pelo ministro Celso de Mello, deve revelar os horrores praticados pelo PT chefiado por Lula.
E lembrou que negou convite de Bolsonaro para ser vice de sua chapa, ao justificar que não vota no candidato do PSL por ter como princípio defender os direitos humanos e vê riscos para os direitos de todos os cidadãos.
Veja a entrevista na Jovem Pan: