Por Brehnno Galgane – Terça Livre
O ex-secretário especial de Desestatização Salim Mattar criticou, nesta quarta-feira (12), o peso da máquina pública brasileira. Ela consome 13,5% do Produto Interno Bruto do Brasil, ou R$ 985 bilhões por ano, segundo o empresário.
“Enquanto isso, na Inglaterra, esse porcentual é 9,5%. Nos Estados Unidos, 10%. Para se ter ideia, nós consumimos R$ 328 bilhões a mais do que deveríamos se estivéssemos iguais ao Reino Unido”, constatou Mattar em entrevista à rádio Jovem Pan.
Ele deixou o governo na terça-feira (11), por causa do ritmo lento de privatizações.
Além disso, o agora ex-integrante da equipe do ministro Paulo Guedes queixou-se das empresas estatais. “Não existem estatais eficientes. Elas se transformam em feudos de corrupção”, observou, ao mencionar o Mensalão (Correios) e o Petrolão (Petrobras).
De acordo com Mattar, o Estado não tem de ser empresário, porque é a iniciativa privada que produz.
“A renda per capita média brasileira é de R$ 32 mil. No estado de São Paulo, o que mais produz, é de R$ 47 mil. Mas a renda per capita do Distrito Federal é de R$ 82 mil. Ou seja, o que nada produz tem a maior remuneração”, observou o ex-secretário.
Conforme Mattar, esse agigantamento do Estado é fruto das políticas social-democratas no Brasil ao longo de 40 anos. E garante que os governos de esquerda violaram o artigo 173 da Constituição, segundo o qual o Estado só pode ter empresas se necessário aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo.
“Contudo, onde está o relevante ‘interesse coletivo’ no Banco do Brasil? Governos anteriores, portanto, constituíram um Estado empresário”, constatou Mattar, ao reafirmar que é preciso diminuir o tamanho da máquina pública o quanto antes.
Com informações, Revista Oeste
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