No domingo (14) diversas pessoas se reuniram em São Paulo e Belo Horizonte para protestar contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Os atos, organizados pelo Movimento Liberdade e divulgados por parlamentares em suas redes sociais, ocorreram simultaneamente em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP) e em locais centrais de Belo Horizonte.
São Paulo
Em São Paulo, os manifestantes se concentraram na Avenida Paulista. Durante o protesto havia vários “pixulecos” – um boneco de Lula vestido como presidiário.
Os manifestantes, muitos dos quais usavam camisas amarelas e carregavam bandeiras do Brasil, entoaram em coro frases como “Lula ladrão, seu lugar é na prisão” e “Fora, Pacheco”. A manifestação também contou com a presença de figuras políticas do Partido Novo, como o senador Eduardo Girão, que clamou por uma “revolução pacífica” no Brasil e criticou a Câmara dos Deputados por engavetar projetos importantes.
Belo Horizonte
Paralelamente, em Belo Horizonte, manifestantes seguravam placas verdes e amarelas com dizeres como “Fora Lula” e também clamavam pela saída de Alexandre de Moraes. Assim como em São Paulo, os protestos em Belo Horizonte foram marcados por críticas ao governo federal e ao STF, refletindo uma insatisfação generalizada entre os participantes.
Outros manifestantes seguravam placas escritas “Rodrigo Pacheco covarde”. Rodrigo Pacheco é considerado como um possível candidato ao governo de Minas Gerais e pode contar com o apoio de Lula em possíveis eleições futuras.
Contexto político
Os protestos ocorrem em um momento de intensa polarização política no Brasil. Desde que voltou ao poder, Lula tem enfrentado uma oposição atuante, que criticam suas políticas, suas alianças políticas e seu passado, principalmente sua prisão por corrupção.
A figura do ministro do STF, Alexandre de Moraes, tornou-se um ponto central de contestação devido às suas decisões, criticadas por serem consideradas ataques contra as liberdades individuais, especialmente suas decisões relacionadas aos eventos de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e depredaram prédios públicos em Brasília.
As críticas a Moraes incluem desproporcionalidade, falta de individualização de conduta, falta de transparência nos processos, censura, desrespeito aos direitos humanos, entre outros.
Apoio a Trump
Um elemento inusitado das manifestações em São Paulo foi o apoio ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, potencializado após o atentado contra ele na Pensilvânia. Gritos de “Trump vive” foram ouvidos, e alguns manifestantes vestiam roupas com a imagem de Trump.