A cidade de Manaus, capital do Amazonas, vive uma grave crise ambiental devido à intensa fumaça causada pelas queimadas que ocorrem em várias regiões do estado. Pelo terceiro dia consecutivo, na segunda-feira (12) de agosto de 2024, a cidade amanheceu coberta por uma densa camada de fumaça, que afetou drasticamente a qualidade do ar, tornando-o insalubre.
Manaus, capital do Amazonas, vive uma severa crise ambiental, com a qualidade do ar atingindo níveis alarmantes devido à densa camada de fumaça que cobre a cidade. A fumaça, proveniente de queimadas em municípios do interior do estado, encobriu a cidade pelo terceiro dia consecutivo, gerando preocupações significativas entre a população e as autoridades.
Segundo o monitoramento realizado pelo Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), vários bairros de Manaus registraram níveis de qualidade do ar considerados “muito ruins” a “péssimos”.
Em algumas áreas, como na zona sul da cidade, o índice de material particulado fino (PM2.5) atingiu valores preocupantes, ultrapassando 114,9 µg/m³, colocando em risco a saúde da população. O PM2.5 refere-se a partículas microscópicas de poeira e fumaça que podem penetrar profundamente nos pulmões e até mesmo entrar na corrente sanguínea, agravando problemas respiratórios e cardiovasculares, especialmente em grupos vulneráveis como crianças, idosos e pessoas com doenças preexistentes.
A origem dessa fumaça se deve a queimadas em diversos municípios do interior do Amazonas. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apontam que, apenas entre os dias 9 e 11 de agosto, foram registrados 706 focos de queimadas em todo o estado. Municípios próximos à capital, como Manacapuru, Autazes e Careiro, são os mais afetados.
De acordo com o site de notícias da Amazônia D24am Amazonas, o Centro de Cooperação da Cidade (CCC) e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Mudança do Clima (Semmasclima) estão monitorando a qualidade do ar e estudando a adoção de medidas emergenciais. No ano passado, medidas como o fechamento temporário de escolas e a restrição de atividades ao ar livre foram implementadas em situações similares, e tais ações podem ser retomadas se a situação continuar a piorar.