Maia diz que Pazuello cometeu crimes e volta a defender CPI

26/01/2021 10:06 Atualizado: 26/01/2021 10:06

Por Bruna Lima, Terça Livre

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acusou nesta segunda-feira (25) o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de ter cometido crime de responsabilidade na gestão da crise causada pelo novo coronavírus. Além disso, o deputado voltou a defender a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), conforme o Terça Livre noticiou.

“Em relação ao ministro da Saúde, ele já cometeu crime. A irresponsabilidade de orientar o tratamento precoce, de não ter respondido à Pfizer, de não ter se aliado ao Butantan para acelerar a vacina. Tudo isso caracteriza crime e a PGR vai investigar”, acusou.

Maia disse que cabe à Procuradoria-Geral da República, e não ao Legislativo, afastar o ministro do cargo, porém, segundo ele a CPI vai poder investigar o papel do governo no enfrentamento da crise sanitária.

Para ele, é preciso fazer uma ampla investigação da conduta do ministro, por isso uma CPI deve ser criada na Câmara.

Em abril de 2020, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou os estados e municípios autônomos em relação às medidas que seriam tomadas durante a crise, o que impedia o governo federal de assumir uma coordenação nacional de combate ao vírus chinês.

Rodrigo Maia, no entanto, agora acusa Pazuello e o Governo Federal por ‘não dar atendimento a oferta do laboratório Pfizer’ sobre o envio de 2 milhões de doses.

O Ministério da Saúde chegou a responder as acusações da empresa dizendo que, na verdade, a farmacêutica ofereceu uma quantidade inicial de doses consideradas insuficientes para imunizar a população do Brasil e também pediu que fosse isenta de eventuais atrasos na entrega, então o Governo Federal negou a oferta.

“Em nenhum momento, o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, fechou as portas para a Pfizer. Em todas as tratativas, aguardamos um posicionamento diferente do laboratório, que contemple uma entrega viável e satisfatória, atendendo as estratégias do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, uma ação de valores mercadológicos e aplicação jurídica justa que atenda ambas as partes”, disse o governo em nota.

“É crime, crime contra a população não ter respondido à Pfizer, ter tratado de forma irrelevante. Só que os crimes precisam ser investigados e esperamos que essa CPI possa esclarecer tudo e dizer quais responsabilidades de cada um no momento mais grave de todos”, disse Rodrigo Maia nesta segunda-feira (26).

O deputado culpou ainda o ministro da Saúde pelo agravamento da crise econômica no país e argumentou que a vacinação seria a solução para a crise.

“Pela incompetência e irresponsabilidade do ministro da Saúde, vamos ter um crescimento abaixo de 3%, o que significa que vamos perder emprego e renda. A questão da vacina é crucial para qualquer país sair da paralisia na economia”, disse.

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