O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente do Panamá, José Raul Mulino, se encontraram durante a cúpula dos líderes do Mercosul que aconteceu em Assunção, no Paraguai, na segunda-feira (8) e discutiram estratégias para fortalecer a cooperação econômica entre os dois países. Essas reuniões ocorrem em um momento em que o Panamá busca se aproximar do Mercosul e ampliar suas relações comerciais na América Latina.
“Tive uma boa conversa com o presidente do Panamá, Jose Raul Mulino. Falamos sobre a importância da integração da América do Sul com os países da América Central, fortalecendo nossa região no contexto mundial. Também tratamos das possibilidades de explorar melhor o potencial das relações entre o Brasil e o Panamá, de aumentar nossa cooperação em diversas áreas, particularmente em investimentos e comércio”, escreveu Lula em seu perfil no X.
Mulino participou como convidado especial na cúpula do Mercosul, onde formalizou a intenção do Panamá de integrar-se economicamente ao bloco.
De acordo com o jornal panamenho La Estrella de Panamá, o presidente Mulino vê o evento como uma “enorme e histórica oportunidade” de estar integrado a uma das maiores economias do mundo. De acordo com o jornal, o Panamá tem “conexões financeiras e logísticas que incluem a operação do Canal como uma das principais rotas do comércio mundial”.
“Eu acredito na integração, porque sozinhos no mundo não somos nada. E nosso país tem um mundo de conexões e acesso a importantes cidades do mundo com as quais podemos nos conectar, como Singapura, Japão, Coreia do Sul, entre outros mercados”, afirmou Mulino.
Os dois presidentes também discutiram amplamente as relações comerciais e a possibilidade de cooperação em projetos de infraestrutura. A cooperação agrícola, por exemplo, foi um dos temas abordados, com ambos os países interessados em compartilhar tecnologias, práticas sustentáveis de cultivo e infraestrutura.
As exportações brasileiras para o Panamá somaram 440 milhões de dólares (cerca de 406 milhões de euros), enquanto as importações panamenhas foram de 7,8 milhões, colocando o Panamá como um relevante mercado para o Brasil.