O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu antecessor Jair Bolsonaro começaram a medir forças neste sábado (03) visando às eleições municipais.
Ambos participaram em atos de confirmação de candidaturas para as eleições do próximo 6 de outubro, nas quais serão eleitos os prefeitos e membros das câmaras municipais de 5.568 cidades.
Lula, a principal referência da esquerda brasileira, assistiu a um evento no qual o Partido dos Trabalhadores (PT) confirmou como seu candidato à Prefeitura de Fortaleza Leandro Leitão, enquanto Bolsonaro, líder da direita, apoiou a candidatura à reeleição do atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.
Em Fortaleza, capital do estado do Ceará, no nordeste do país, Lula destacou que essa região constitui o maior reduto eleitoral do PT e incentivou o apoio a Leitão.
O mandatário, de 78 anos, compareceu ao evento usando uma máscara facial, que segundo a presidência se devia a um simples resfriado.
Não houve, contudo, alusões diretas a Bolsonaro e à direita, que representam a maior oposição nacional ao PT e ao governo liderado por Lula.
Em São Paulo, o prefeito e candidato Ricardo Nunes se apresentou apoiado pelo próprio Bolsonaro, mas também pelo governador do estado homônimo, Tarcísio Nunes, e pelo ex-presidente Michel Temer, entre outras figuras da direita brasileira.
Nunes tem como principal rival nas municipais o deputado e líder do movimento dos sem-teto, Guilherme Boulos, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que tem o apoio do PT.
Assim como Lula, Bolsonaro evitou dar uma conotação nacional ao ato.
As eleições municipais são consideradas no Brasil como uma espécie de termômetro da situação atual e da própria gestão de Lula, além de uma espécie de preparação para as eleições presidenciais de 2026.
Lula, que já governou por dois mandatos consecutivos entre 2003 e 2010, insinuou que poderia concorrer novamente à reeleição.
Bolsonaro, por sua vez, não poderá se candidatar a nenhum cargo eletivo em 2026, pois a Justiça Eleitoral o inabilitou por um período de oito anos.