Por Italo Toni Bianchi, Terça Livre
No último final de semana, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a mencionar a regulação dos meios de comunicação. Em passagem pela cidade de São Luís, no Maranhão, o socialista afirmou que é preciso aprovar “com urgência” a regulação da mídia.
“Tenho que fazer uma autocrítica. Nós não tratamos a reforma da comunicação, a regulação [da mídia], como deveria ser tratada. Aprovamos [no meu governo] um programa para que a gente pudesse regulamentar os meios de comunicação. Como era fim do ano, eu e o Franklin Martins [ex-ministro das Comunicações] não quisemos dar entrada, pois no próximo ano iria mudar muito deputado e senador. Deixamos para colocar no início do governo da Dilma. Eu não sei por que ‘cargas d’água’ não foi colocado no Congresso esse projeto”, disse o petista, de acordo com Gazeta do Povo.
O socialista garantiu que a medida será aprovada caso seja eleito, de forma democrática, mencionando Inglaterra e Alemanha como países onde a fórmula já é aplicada.
Lula citou Hugo Chávez, segundo ele, destruído pela imprensa venezuelana, e disse que não quer uma regulação como a chinesa e a cubana.
Ao comentar a notícia no Boletim da Manhã desta terça-feira (24), o analista político Ítalo Lorenzon lembrou formas indiretas pelas quais se pode implementar um maior controle dos meios de comunicação, como as agências reguladoras.
“No final das contas, o que ele vai fazer? Vai criar uma cúpula, é o que em economia se chama regulação capturada. Você cria uma agência de regulação, essa agência em tese tem que manter a qualidade dos serviços prestados. […] Na prática, acaba criando regulações que evitam que novas empresas apareçam nesse ramo”, destacou.
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