Por Jarbas Aragão, Gospel Prime
O depoimento do ex-presidente Lula, sobre o caso do sítio de Atibaia, foi um dos assuntos mais comentados desta quarta-feira (14). O político, preso em Curitiba por corrupção passiva, foi interrogado pela juíza Gabriela Hardt, que substitui o titular, Sérgio Moro, que está em férias.
Jurando inocência, Lula se disse “ofendido” por todo o processo e vítima de “perseguição mentirosa”. “Eu não sei o que fazer a não ser esperar por Deus ou que esse país tenha justiça, porque eu sou vítima do maior processo de mentira que esse país já conheceu”, insistiu o ex-presidente.
Em um depoimento tumultuado, com troca de farpas entre o petista e a juíza, o político reiterou: “Estou disposto a pagar porque sou um homem que crê em Deus, crê na justiça e um dia a verdade vai prevalecer”.
Além de ter sido condenado em segunda instância pelo caso do tríplex, Lula responde a outros processos. Na audiência de hoje, respondeu perguntas sobre o sítio em Atibaia, além do recebimento de propinas das empreiteiras OAS, Odebrecht e Schahin para reformas no imóvel, totalizando R$ 1,02 milhão.
Aproveitando o espaço para reforçar sua narrativa de que é vítima de uma armação, e insinuando que Sérgio Moro não seria isento para julgá-lo, chegou a tentar intimidar o Ministério Público, insistindo que todos os filiados do PT deveriam “abrir processos” por conta do seu processo.
Em diversos momentos, a juíza que conduz o processo pediu que Lula se ativesse às perguntas, mas ele insistia em fazer discursos, desvirtuando o tema. Reiterou que a Lava Jato teve um “um descaminho” quando se tratava do seu caso.
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