Nesta última quarta-feira (14), o Ministério Público Federal na Força Tarefa da Operação Lava Jato denunciou o ex-presidente Lula por crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva qualificada. Também foram denunciados a esposa de Lula, Marisa Letícia, o presidente do Instituto Lula Paulo Okamotto, e os empresários ligados à OAS Léo Pinheiro, Agenor Medeiros, Paulo Gordinho, Fábio Yonamine e Roberto Moreira.
Lula foi apontado como o líder de um grande esquema de corrupção, chamado na denúncia de “organização criminosa”, que operava juntamente com agentes públicos e políticos, agremiações partidárias e operadores financeiros.
Nas palavras do próprio documento da denúncia, “A apuração revelou um cenário de grande corrupção na Petrobras e um cenário de macro corrupção maior ainda, em que o esquema identificado pela Operação Lava Jato se desenvolveu”.
Esse esquema, com desvio de recursos públicos, estaria no contexto de enriquecimento ilícito, perpetuação do PT no poder, compra de apoio parlamentar e financiamento de dispendiosas campanhas eleitorais.
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Na denúncia de corrupção passiva são mostrados valores desviados de recursos públicos pouco maiores que 87,6 milhões de reais, que seriam usados na manutenção da estrutura de corrupção.
Em relação ao apartamento triplex do Guarujá, foi feita a denúncia de lavagem de 2,4 milhões de reais que seriam provenientes do crime de cartel, fraude à licitação e corrupção praticados pelos executivos da Construtora OAS, com dano à administração pública federal, notadamente da Petrobras, para a aquisição e manutenção do imóvel para Lula e sua esposa.
Também foi citada a lavagem de dinheiro, pouco maior que 1 milhão e 300 mil reais, por meio de contrato ideologicamente falso de armazenagem de materiais de escritório e mobiliários corporativos de propriedade da OAS, a qual se destinava na verdade a armazenar bens pessoais de Lula.
Nas 149 páginas do documento da denúncia, são descritas as relações de Lula como líder de uma rede de um grande sistema de propina entre políticos, empresas, administradores da Petrobras e operadores financeiros que ocorreria desde o primeiro mandato do ex-presidente.
O MPF pede ressarcimento dos 87,4 milhões a Lula e à OAS.