Nesta terça-feira (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu demitir Paulo Pimenta do cargo de ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República. O publicitário Sidônio Palmeira, que foi responsável pela comunicação da campanha de Lula em 2022, assumirá a pasta na próxima semana.
Tendo atuado como ministro da Secom desde o início do governo, Pimenta participou de uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília, junto a Sidônio Palmeira. O ex-ministro disse que a decisão de sua demissão faz parte de um processo de transição na comunicação do governo.
“O presidente tem uma leitura muito precisa de que nós tivemos uma primeira fase do governo de plantação e, a partir de 2025, nós vamos ter o período da colheita e o presidente quer à frente da Secom uma pessoa com um perfil diferente do meu”, afirmou.
O ex-ministro minimizou a saída do cargo, dizendo que seu futuro papel no governo ainda não foi definido. Deputado federal licenciado pelo PT do Rio Grande do Sul, ele confirmou que retornará ao Congresso, mas poderá ser nomeado para outro cargo no Executivo nos próximos meses.
Palmeira, por sua vez, fez um discurso alinhado com as demandas de Lula para a comunicação do governo. O novo ministro destacou que a comunicação do governo deve ser mais moderna e eficaz, ressaltando a necessidade de evolução na utilização das plataformas digitais.
“É importante também que a gestão não seja analógica, que ela comunique com as pessoas que estão sendo atendidas. Na parte digital, as pessoas colocam algumas vezes até que [a comunicação atual do governo] é analógica. Acho que a gente precisa evoluir nisso”, argumentou.
O novo ministro da Secom já começou a reorganizar a equipe no Planalto e tem liberdade para modificar a estrutura da pasta.
Pimenta, que deixará o cargo oficialmente na quarta-feira (8), revelou que pediu uma semana de férias antes de conversar com Lula sobre suas novas funções no governo. A expectativa é que ele ocupe a Secretaria Geral da Presidência, no lugar de Márcio Macêdo, que pode ser transferido para outras funções dentro do PT.