Em entrevista à rádio O Povo/CBN em Fortaleza nesta sexta-feira (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que o governo pretende adquirir não apenas um novo avião presidencial, mas também várias outras aeronaves para o transporte de seus ministros.
Essa declaração vem dez dias após um incidente em que a aeronave presidencial sofreu uma pane durante o retorno do presidente do México. “Desse problema, tiramos uma lição: vamos comprar não apenas um avião, mas precisamos de algumas aeronaves”, afirmou Lula.
“Não podemos governar o Brasil com os ministros apenas coçando em Brasília”, declarou o presidente em uma tentativa de justificar a necessidade de outros aviões.
O atual avião da Presidência foi adquirido pelo próprio Lula em 2004, com um investimento de cerca de 57 milhões de dólares de recursos públicos.
Antes mesmo do incidente recente que afetou a aeronave, o presidente já havia solicitado, no ano passado, uma avaliação para a compra de um novo modelo.
Dentre as alternativas consideradas estavam a compra de um novo modelo ou a adaptação de um Airbus A-330 pertencente à Força Aérea Brasileira (FAB) para uso presidencial.
Contudo, essa proposta foi alvo de críticas severas da oposição, que recorreu à Justiça para exigir esclarecimentos sobre os estudos realizados. O investimento mínimo estimado para essa transação era de no mínimo R$ 400 milhões.
Sobre as críticas, Lula minimizou o impacto para a imagem de seu governo: “Eu, aos 79 anos de idade, superei isso. Porque é o seguinte: um presidente da República tem que se respeitar. A instituição tem que ser respeitada. E o Brasil é muito grande, então a gente não precisa que o presidente da República corra risco”, justificou.