Eurípedes Júnior, presidente do partido Solidariedade, foi incluído na lista vermelha da Interpol, uma medida tomada devido a investigações sobre fraudes no uso do fundo eleitoral. A Polícia Federal (PF) brasileira identificou que Eurípedes teria desviado recursos destinados ao financiamento de campanhas eleitorais para custear despesas pessoais e viagens internacionais.
As investigações também apontaram lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.
A inclusão de Eurípedes Júnior na lista vermelha da Interpol é um desdobramento das investigações, que tiveram acesso a informações detalhadas sobre o uso indevido dos recursos eleitorais. Essas informações levaram à decisão de emitir o alerta internacional para garantir que Eurípedes Júnior seja localizado e possa responder às acusações, caso saia do Brasil.
A lista vermelha da Interpol é um alerta internacional que facilita a localização e a prisão provisória de indivíduos procurados, pendentes de extradição ou ação judicial. Esta medida não equivale a um mandado de prisão, mas serve para notificar globalmente as autoridades sobre o status do procurado. A inclusão na lista vermelha da Interpol significa que Eurípedes pode ser detido em qualquer um dos 194 países membros da organização, caso viaje para fora do Brasil.
Jheniffer Hannah Lima de Macedo, filha de Eurípedes Júnior, também está no centro da investigação da Polícia Federal por suposto uso indevido de verbas partidárias do partido Solidariedade. Segundo a investigação, Jheniffer teria usufruído de benefícios como cargos no partido, bolsas de estudo e viagens internacionais financiadas com recursos partidários.
Nas redes sociais, Jheniffer ostentava uma vida de luxo que não condizia com seus rendimentos oficiais, incluindo a participação em transações imobiliárias suspeitas de lavagem de dinheiro.
Além disso, a Polícia Federal identificou a utilização de empresas de fachada para encobrir os desvios de recursos. As investigações apontam que Jheniffer usava essas empresas para ocultar as fontes ilícitas dos fundos utilizados em suas despesas pessoais e atividades de luxo.