A comitiva do ditador chinês, Xi Jinping, desalojou todos os hóspedes e moradores de um complexo hoteleiro situado a menos de um quilômetro do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apenas um inquilino foi autorizado a permanecer: o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).
Ao ser questionado sobre o privilégio, Haddad brincou: “Xi é brother”. Toda a rotina do hotel será alterada. Os funcionários foram dispensados, e, durante a estadia do mandatário comunista, os serviços serão prestados por pessoas contratadas pela embaixada da China.
Quase 400 suítes foram completamente desocupadas, e moradores e hóspedes precisaram retirar seus pertences, incluindo roupas e outros itens. Serviços do hotel que também atendem ao público externo, como o spa, serão suspensos durante a estadia da comitiva chinesa.
O hotel, situado às margens do Lago Paranoá e o mais próximo da residência de Lula, também passou por uma inspeção minuciosa realizada pelas autoridades chinesas. O esquema de segurança inclui o bloqueio temporário de acessos ao Palácio da Alvorada.
A embaixada da China reservou o hotel inteiro entre segunda-feira (19) e quinta-feira (21). O presidente Xi Jinping terá uma reunião bilateral com Lula na quarta-feira (20), no Palácio da Alvorada.
À noite, Lula e a primeira-dama, Janja da Silva, receberão o líder comunista para um jantar no Palácio do Itamaraty.
Esta é a segunda vez que a comitiva presidencial de Xi Jinping desalojou hóspedes e moradores deste hotel. A mesma medida havia sido adotada na última visita do presidente chinês ao Brasil, em 2019, para a cúpula do BRICS.