Por Bruna de Pieri, Terça Livre
A juíza da Vara Criminal da Infância e da Juventude de Unaí (MG), Ludmila Lins Grilo, manifestou-se na terça-feira (26) ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre a crítica que fez ao uso indiscriminado de máscaras.
No final do ano passado, Grilo foi retaliada nas redes sociais depois que expôs opiniões sobre lockdowns impostos em várias partes do país como forma de conter o vírus chinês.
Como noticiou o Terça Livre, o advogado José Belga Assis Trad chegou a pedir que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apurasse a conduta da juíza Ludmila. Trad considerou a opinião dela “infundada”.
Em manifestação ao CNJ, a juíza Ludmila afirmou que não vai oferecer defesa no procedimento que apura sua conduta, confirmando todas as críticas que fez em suas redes sociais.
“Considerando que a necessidade de explicação de uma crítica irônica ao indiscriminado uso de máscaras, feito a partir de uma fiel descrição da realidade (restaurantes e shoppings abertos para consumo de alimentos no local), avilta e rebaixa a inteligência nacional –estado histérico de coisas com a qual esta magistrada não pretende contribuir– deixo de oferecer defesa no procedimento em questão, ratificando todas as publicações contidas em minhas redes sociais”, escreveu Ludmila em ofício.
Ela ressaltou ainda que, “enquanto não decretado estado de defesa ou estado de sítio – únicas hipóteses possíveis para restrição do direito de reunião (vulgo “aglomeração”, palavra-gatilho utilizada com sucesso para a interdição do debate)”, continuará sustentando “a inviabilidade jurídica do lockdown e das restrições de liberdades via decretos municipais”.
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