Os jornalistas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) decidiram iniciar uma greve por tempo indeterminado a partir da próxima quinta-feira (3).
A EBC, empresa pública que integra a administração indireta do governo federal, está sob a supervisão do Ministério das Comunicações desde 10 de junho de 2020.
A paralisação abrangerá Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, e tem como principal demanda a isonomia salarial, em protesto contra o novo Plano de Cargos e Remunerações (PCR), que propõe uma tabela com remunerações 12% menores para a categoria em comparação a outros cargos de nível superior.
Além disso, os profissionais exigem igualdade salarial para os trabalhadores de nível médio. A greve afetará diversos veículos da estatal, incluindo a TV Brasil, Agência Brasil, Rádio Nacional, Rádio MEC, Canal Gov, Agência Gov, e Voz do Brasil, entre outros.
Os sindicatos que representam os jornalistas afirmam que as discussões sobre a situação atual já foram realizadas com representantes da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República e da Secretaria de Coordenação e Governança de Empresas Estatais (Sest), ligada ao Ministério da Gestão e Inovação (MGI).
“A categoria exige da direção da empresa um compromisso público de construir uma proposta que respeite a jornada especial da categoria, com isonomia salarial entre os distintos cargos de nível superior. Da mesma forma que os trabalhadores de nível médio. Se este compromisso for estabelecido, a paralisação pode ser suspensa”, dizem as entidades”, destacam os sindicatos.
Essa é a terceira paralisação dos jornalistas da EBC desde setembro, sendo que, de acordo com a organização sindical, a paralisação da primeira semana do mês passado contou com a adesão de 95% dos profissionais.