O presidente argentino Javier Milei visitou Santa Catarina para discurso no domingo (7). A fala de Milei encerrou a 5a edição da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) no Brasil. A CPAC Brasil, uma versão local do evento realizado anualmente nos EUA desde 1974, foi organizada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Milei afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro, com quem se reuniu no Brasil, está sendo alvo de perseguição.
“Eles estão dispostos a distorcer as regras. Veja o que aconteceu na Venezuela, uma ditadura sanguinária, veja o que aconteceu na Bolívia em 2019, veja a perseguição judicial que nosso amigo Bolsonaro está enfrentando aqui no Brasil”, afirmou.
O argentino criticou o socialismo, rotulando a ideologia como “terrível”, e argumentou que governos que adotam o modelo acabam sendo rejeitados pela sociedade ou violam liberdades para a manutenção do poder.
Quando entrou no palco, Milei foi acompanhado pelo som de uma banda de rock argentina. Ouviu-se do público gritos de oposição a Lula. Ele disse sentir-se “em casa e sempre bem-vindo entre amigos”.
“E ainda assim, a catástrofe argentina pode ser considerada um caso intermediário, porque por mais que tentaram, nunca conseguiram aplicar o programa socialista de vez porque encontraram um povo que protegem a propriedade privada e resistem a serem dominados”, comentou sobre governos anteriores na Argentina.
Embora não tenha mencionado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu discurso, Milei não se reuniu com Lula durante sua visita ao Brasil. O porta-voz da Presidência da Argentina, Manuel Adorni, explicou que a visita de Milei será breve e não permitirá tempo para outros encontros.
“Depois, já não temos outra reunião na agenda”, prosseguiu. “Muitas vezes, acrescenta-se uma reunião que não está na agenda. Esta é uma viagem muito curta, em que, na verdade, não haverá muito tempo para outros encontros.”
